quinta-feira, 27 de março de 2008

HISTÓRIAS ENGRAÇADAS...

Era o Ruah de 2003, no salão do Colégio Rosário. A banda da Pão dos Pobres tinha o João na percussão; Luis Henrique na voz e violão, Mauro, voz e baixo; Wawá no violão e eu em teclado e voz. Havia uma categoria “Desafio”, na qual as bandas precisavam compor uma música durante o festival. Fizemos um rockzinho à antiga, chamado “Vamos Anunciar” – fácil de tocar, e uma batida legal. E chegou a nossa vez de subir ao palco.
Primeira estrofe, refrão, solo (na real, aqui eu só precisava fazer os acordes), segunda estrofe e, finalmente, repetir o refrão pra encerrar a apresentação da música. Só que, chegado o segundo refrão, eu parei de tocar pra me concentrar na voz (me atrapalho pra cantar e tocar teclado ao mesmo tempo). Nisso, apoiei a mão no “corpo” do teclado e, de alguma forma, iniciei o acompanhamento automático do bicho. O resultado, em citação do refrão então executado, foi algo mais ou menos assim:
-“Hoje estou aqui / para anunci... tuncs tacstumtumcs cstacs*”.
*Onomatopéia que representa uma linha percussiva caótica, possivelmente de um ritmo latino.
Algumas pessoas não entenderam, naquele momento, o que tinha acontecido. Afinal, poderia ter sido algum problema na mesa de som, algum ruído externo, uma bateria de escola de samba ou uma manada de búfalos. Mas, quem viu a minha cara e a reação dos braços procurando o botão pra interromper o acompanhamento relata que percebeu na hora do que se tratava.
Apesar do mico na hora, hoje posso dizer que é uma história engraçada. Não perdi os braços, não fugi para o México nem deixei de tocar em público. Mas é verdade que hoje prefiro instrumentos musicais sem botões.
Tobias Brignol Petry – PP 328 CLJ


- Se voce também tiver uma história engraçada que aconteceu contigo no CLJ manda pra gente ;)