sábado, 19 de abril de 2008

ORAÇÃO DA MANHÃ

Senhor, no silêncio deste dia que amanhece, venho pedir-te a paz, a sabedoria, a força.

Quero olhar hoje o mundo com olhos cheios de amor, ser paciente, compreensivo, manso e prudente; ver além das aparências teus filhos como tu mesmo os vê, e assim não ver senão o bem em cada um.

Cerra meus ouvidos a toda calúnia. Guarda minha língua de toda maldade. Que só de bênçãos se encha meu espírito.

Que eu seja tão bondoso e alegre, que todos os que se aproximarem de mim sintam tua presença.
Reveste-me de tua beleza , Senhor, e que no decurso deste dia, eu te revele a todos.

quarta-feira, 16 de abril de 2008

JUNHO MÊS DE SANTO ANTONIO


ENTRE MILAGRES E LENDAS - SANTO ANTÔNIO *



A vida de Santo Antônio está envolta numa constelação de milagres e fatos prodigiosos: são curas, profecias, bilocações, exorcismos e até ressurreições. Muitos teriam acontecido durante sua vida e outros, numa cadeia incontável, depois da morte. Esta tradição já está consagrada no antiquíssimo responsório "Si quaeris miracula":



Se milagres desejais
Contra os males e o demónio,
Recorrei a Santo António
E não falhareis jamais.


Pela sua intercessão
Foge a peste, o erro e a morte,
Quem é fraco fica forte,
Mesmo o enfermo fíca são.


Rompem-se as mais vis prisões,
Recupera-se o perdido,
Cede o mar embravecido
No maior dos furacões.

Penas mil e humanos ais
Se moderam, se retiram:
Isto digam os que viram,
Os paduanos e outros mais.

Grande número desses milagres foram imortalizados por artistas, famosos ou populares, entre os quais, a pregação aos peixes em Rimini; o coração do avarento encontrado no cofre; a mula em adoração diante do Santíssimo; o recém-nascido que fala em favor da mãe inocente; o pé decepado que o santo une à perna, etc.

E difícil dizer com certeza por onde passa a linha divisória entre a verdade histórica e a fantasia religiosa; tanto mais que boa parte desses milagres só vêm relatados em legendas tardias, certamente eivadas de elementos lendários. Mas nem tudo é tardio.
No extenso relatório são elencados os inacreditáveis milagres que vinham ocorrendo desde a morte de Antônio, ocorrida meses antes: são inúmeras curas, entre elas, cinco paralíticos, sete cegos, três surdos, três mudos, dois epilépticos, etc. "São poucos entre os muitos, e os mais seguros entre os conhecidos", destaca a legenda Assídua, acrescentando que, no dia dos funerais do Santo, muitos enfermos deixados fora da Igreja, na praça, foram curados aos olhos de todos.

Devoções, tradições e crenças

As primeiras manifestações de culto deram-se logo após a morte do santo, desdobrando-se depois, passo a passo, numa constelação de práticas, devoções e crenças, algumas das quais, mais conhecidas, são elencadas a seguir.


  • Santo casamenteiro.
Assim é invocado pelas moças que desejam casar e assim é lembrado pelo nosso folclore. Não se sabe qual a origem da devoção. Talvez se ligue a algum milagre feito pelo santo em favor das mulheres, por exemplo, quando fez um recém-nascido falar para defender a mãe acusada injustamente de infidelidade pelo pai.Mas há outro episódio com explicação mais direta. Certa senhora, no desespero da miséria a que fora reduzida, decidiu valer-se da filha, prostituindo-a, para sair do atoleiro. Mas a jovem, bonita e decidida, não aceitou de forma alguma. Como a mãe não parasse de insistir, ela resolveu recorrer à ajuda de Santo Antônio. Rezava ela com grande confiança e muitas lágrimas diante da sua imagem quando das mãos do Santo caiu um bilhete que foi parar nas mãos da moça. Estava endereçado a um comerciante da cidade e dizia: "Senhor N..., queira obsequiar esta jovem que lhe entrega este bilhete com tantas moedas de prata quanto o peso do mesmo papel. Deus o guarde! Assinado: Antônio".

A jovem não duvidou e correu com o bilhete na mão à loja do comerciante. Este achou graça. Mas vendo a atitude modesta e digna da moça colocou o bilhete num dos pratos da balança e no outro deixou cair uma moedinha de prata. Mas qual! O bilhete pesava mais! Intrigado e sem entender o que se passava, o comerciante foi colocando mais uma moeda e outras mais, só conseguindo equilibrar os pratos da balança quando as moedas chegaram a somar 400 escudos.

O episódio tornou-se logo conhecido e a moça começou a ser procurada por bons rapazes propondo-lhe casamento, o que não tardou a acontecer, e o casamento foi muito feliz. Daí por diante, as moças começaram a recorrer a Santo António sempre que se tratava de casamento.

  • Santo das coisas perdidas.
Esta tradição é antiquíssima, encontrando-se menção dela no famoso responsório "Si quaeris miracula", extraído do ofício rimado de Juliano de Espira. Popularmente o "Siquaeris" é mencionado como uma oração taumaturga para encontrar objetos perdidos. A crença pode estar ligada a episódios como este, da vida de Santo António. Quando ensinava teologia aos frades em Montpeilier, na França, um noviço fugiu da Ordem levando consigo o Saltério de Frei António, com preciosas anotações pessoais que utilizava nas suas lições. Rezou o santo pedindo a Deus para dar jeito de reaver o livro e foi atendido deste modo: Enquanto o fugitivo ia passando por uma ponte, foi subitamente tomado pelo pavor, parecendo-lhe ver o demônio na sua frente que o intimava: "Ou você devolve o Saltério ao Frei António ou vou jogá-lo da ponte para o rio!" Assustado e arrependido, o jovem voltou ao convento com o saltério e confessou ao Santo sua culpa.

  • O "pão dos pobres".
É ao mesmo tempo uma piedosa devoção e uma instituição assistencial benemérita. Consiste em doações para prover de pão os pobres, honrando assim o "protetor dos pobres" que é Santo António. Uma tradição liga esta obra ao episódio de uma mãe cujo filho se afogou dentro de um tanque mas recuperou a vida graças a Santo António. Ela prometera que, se o filho recuperasse a vida, daria uma porção de trigo igual ao peso do menino. Por isso, no começo, esta obra foi conhecida como a obra do pondus pueri (peso do menino). Outra tradição relaciona a obra do pão dos pobres com uma senhora de Tbulon, chamada Luísa Bouffier. A porta do seu armazém tinha enguiçado de tal modo que não havia outro remédio senão arrombar a porta. Fez então uma promessa ao Santo: se conseguisse abrir a porta sem arrombá-la, doaria aos pobres uma quantia de pães. E deu certo. Daí por diante, as petições ao Santo foram se multiplicando em diferentes necessidades.Tbda vez que alguém era atendido, oferecia certa quantia de dinheiro para o pão dos pobres. A pequena mercearia de Luísa Bouffier tornou-se uma espécie de oratório ou centro sócial. A benéfica obra do "pão dos pobres" teve extraordinário desenvolvimento, com diferentes modalidades, e hoje é conhecida em toda parte.

  • Trezena.
E uma "novena" de 13 dias lembrando a data da morte de Santo António. Também se lembra o dia 13 de cada mês, porque "Dia 13 não é dia de azar, é dia de Santo António". Outros lembram Santo António nas quartas-feiras, dia em que foi sepultado.
  • Breve de S. Antônio.
Consiste numa medalha ou imagem do Santo que se leva consigo, com esta sentença escrita no verso: "Ecce Crucem Domini, fugite partes adversão! Vicit Leo de Tribu Juda, radix David. Alleluia, alleluia!" (Eís a Cruz do Senhor, afastai-vos forças adversas! Venceu o Leão da tribo de Judá, da raiz de Davi. Aleluia, aleluia). Esta sentença teria sido revelada pelo Santo a uma senhora que estava possessa, a fim de ser por ela libertada. É uma devoção que remonta ao século XIII.

(*) Extraído dos Cadernos Franciscanos, "Santo Antônio e a devoção Popular", de Frei Adelino Pilonetto (http://www.franciscanos.org.br/nossaorigem/especiais/stoantonio/entre_milagres.htm)

domingo, 13 de abril de 2008

DEU NO KZUKA

13 DE ABRIL
  • Voçe sabe que dia 13, além de ser o Dia de Santo Antônio, nosso padroeiro, 13 de abril é o DIA DO BEIJO.
  • Os mais antigos relatos sobre o beijo são de 2.500 a.C., nas paredes dos templos de Khajuraho, na Índia.
  • Beijar requer muita coordenação muscular: 34 a 36 músculos trabalham em conjunto na hora do beijo.
  • Cada gota de saliva possui mais de dois bilhões de bactérias diferentes.
  • Em setembro do ano passado, 6.980 casais se beijaram ao mesmo tempo por 10 segundos na Bósnia, quebrando o recorde mundial de beijos simultâneos.
  • O beijo mais longo, de acordo com o International Worl Record Breaker's Club, rolou em Nova York e durou 30 horas, 59 minutos and 27 segundos.

HISTÓRICO DO CLJ

Caras, vocês sabem como se iniciou o CLJ. Tivemos uma “palhinha” pela conversa que o nosso querido WAWÀ nos brindou no sábado último (dia 12-04-08), mas veja os dados reais a partir do depoimento do Pe. Zeno Hastenteufel, diretor e fundador do CLJ.
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Como iniciou o CLJ
"Na Igreja São Pedro, tínhamos um grupo de 60 crismandos. Era uma esperança para a Igreja. Preparamos bem os encontros de crisma. Os jovens estudavam as matérias, sabiam os textos, mas não havia forma de levá-los de volta à vivência cristã. Conheciam os conteúdos da fé, mas não eram capazes de transformá-los em vivência. Em maio daquele ano de 1973, junto com a Ir. Jocélia e com algumas jovens do Emaús, começamos a preparar um "retiro de crismandos". Colocamos algumas técnicas do Emaús, com músicas próprias, com monitores de grupo e a participação de um casal. Nos dias 14 e 15 de julho daquele ano de 1973, com 19 jovens, 8 monitores, a Ir. Jocélia e um casal nos dirigimos a Medianeira para o "Retiro de Crismandos". Tínhamos alguns esquemas em uma pasta improvisada, um coordenador jovem, com vários bilhetes, mas sem um roteiro fixo e nem mesmo um horário claramente estabelecido. Tínhamos um objetivo claro: apresentar um Cristo capaz de fascinar os jovens e atraí-los para o seu caminho. Tudo correu normalmente. Mas os jovens queriam fazer novos retiros com esta mesma metodologia. Fizemos um trabalho em comunidades, com a pergunta: Como você chamaria esse Retiro? Entre muitas sugestões apareceu uma: CLJ - Curso de Liderança Juvenil. Posto no quadro, junto com outras sugestões, foi feita a votação. Não deu outra. Os jovens queriam logo fazer um segundo "retiro" destes, para os colegas da crisma que não tinham apostado no primeiro. Mas, foi então colocado, com muita clareza, que o segundo CLJ só seria feito em novembro, se até lá todo o grupo perseverasse. Foi uma beleza, todos os sábados estavam lá os 19, mais monitores, vindos do Emaús, o casal Raabe e Leda, mais a Ir. Jocélia. Com muito empenho, foi preparado o segundo CLJ, para os dias 13,14 e 15 de novembro de 1973. Já começaria na sexta-feira de noite. Já teríamos um livrinho de cantos, mais um casal, João e Célide Salvador, e iria um grupo maior. Após várias e demoradas reuniões, veio a data esperada. Quando encostou o ônibus, lá nos fundos da Igreja São Pedro, parecia início de uma revolução. Gente de todos os lados. Lá estavam os 55 jovens inscritos, com seus pais, familiares e um número incalculável de curiosos. Todos queriam ver o que estava acontecendo. Foi um curso fora-de-série. No domingo à noite, "chegada" na São Pedro. Foi feito no salão paroquial. Estava lotado. Todos os familiares daqueles 55 jovens, os colegas do primeiro e muitos curiosos... E a continuidade foi melhor ainda. Muitos jovens já estavam de férias e começavam a vir a missas todos os dias. No domingo seguinte, nosso grupo estava assumindo a missa das 11 horas. Tornou-se em pouco tempo a missa mais cheia. Os alunos do colégio São Pedro e Santa Clara começaram a se interessar.Vieram aquelas férias e o grupo continuou perseverando. Com reuniões em Tramandaí, Capão e Atlântida. Não se perdeu ninguém. Todos voltaram em março, com mais entusiasmo ainda. Todos esperando o terceiro CLJ, logo marcado para abril. A fama se espalhou pela cidade.
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O CJG - Movimento Arquidiocesano

"O Pe. Severino Brum, da Cidade Baixa, que há anos estava tentando uma pastoral para os jovens, com iniciativas espetaculares (basta lembrar a famosa missa iê,iê,iê...muito destacada pela imprensa), ficou sabendo e queria participar do terceiro CLJ. Queria apenas observar e levar uns 20 jovens e um casal de tios, fizemos várias reuniões, seria preciso falar com os Bispos. Pe. Severino falou com o Dom Antônio e eu fui falar com o Cardeal, Dom Vicente Scherer. O nosso querido Cardeal ficou um pouco assustado. Já tinha ouvido falar nos "abraços e beijos", coisa nova na Igreja de Porto Alegre. Mas, no final ele me disse: "Pe. Zeno, continue com a minha bênção. Se este movimento vem de Deus, vai progredir e dele surgirão vocações para o sacerdócio e a vida religiosa; se não vem de Deus, em pouco tempo vamos acabar com isso antes que seja tarde". Após uma reunião com Dom Antônio, participando ainda o Pe. Severino, o casal José Carlos e Eunice Monteiro, Ir.Jocélia e três ou quatro jovens, o CLJ foi reconhecido como "Movimento Arquidiocesano", aberto para as paróquias que o quisessem implantar. O CLJ seria agora um movimento Diocesano. Era hora de organizar tudo, organizar o esquema geral do curso. Assim, o CLJ foi se firmando como "momento", enquanto curso de apenas três dias, e como "movimento", enquanto grupo fixo e estável que vai trabalhando como pastoral de jovens, onde sempre estava muito presente a grande frase de Paulo VI: "É preciso que o jovem seja apóstolo de jovens". Em pouco tempo, o CLJ foi se espalhando pelas Paróquias de Porto Alegre, depois foi para as dioceses do interior e hoje está espalhado por grande parte do Rio Grande do Sul e já recebendo pedidos para implantar em outros Estados." _____________________________________________
O CLJ Hoje

"Atualmente o CLJ está implantado em sete dioceses: Porto Alegre, Novo Hamburgo, Osório, Passo Fundo, Frederico Westphalen, Vacaria e Bagé. São mais de 200 Paróquias onde funcionam grupos animados de jovens, com a participação de casais adultos e com uma vivência cristã, voltada para a evangelização da juventude. Já foram realizadas mais do que 500 cursos e, seguramente, mais de 20 mil jovens já foram atingidos. Em nossas dioceses, já temos vários sacerdotes provenientes das fileiras do CLJ e nos seminários temos ainda grandes esperanças de vocações, nascidas em nosso meio. Em cada diocese, o CLJ tem as suas características peculiares, de acordo com a realidade local. Mas, no essencial, o CLJ é o mesmo em todos os recantos deste Rio Grande, até mesmo nas suas dificuldades de adaptação à pastoral da juventude e às canções litúrgicas que as comunidades cantam. No entanto, o que foi assumido há vinte anos, como o Hino do CLJ, se concretiza em toda parte: "Unidos estamos aqui, unidos queremos ficar... É bela a vida que se dá...é preciso que o mundo seja um pouco melhor, porque nele eu vivi e por ele tu passaste meu irmão". O certo é que o CLJ até hoje só nos deu alegrias e está implantado como uma grande esperança para a Igreja. É claro que há Padres e Bispos mais empolgados e outros menos empolgados com o CLJ, mas uma coisa é certa: "Nas paróquias onde está o CLJ, lá atuam jovens e mais jovens"."